Sistematização e avaliação
Os participantes do GR tiveram acesso aos resultados preliminares do estudo coordenado pela Civitas Consultoria, contratada para realizar a sistematização e avaliação de resultados do projeto. A pesquisa, conduzida por um grupo de quatro especialistas, analisou as estratégias, a execução, os resultados e as repercussões do Novas Alianças, a partir de uma amostra de municípios. “Concluímos a coleta de dados, mas o estudo ainda não está totalmente terminado. A partir da apresentação ao Grupo de Referência, vamos ver se há algo que ainda possa ser agregado”, explicou Cristina Filgueiras, coordenadora do estudo.
Cristina relatou os desafios no desenvolvimento de uma pesquisa como essa e apontou, como exemplo das dificuldades encontradas, o reduzido índice de retorno dos participantes dos cursos regionais aos questionários encaminhados pela Civitas. Segundo ela, apenas 16 pessoas responderam à solicitação enviada por e-mail, apesar de quase todos os participantes terem recebido as perguntas. Esse percentual, no entanto, não inclui os questionários aplicados especificamente nas cinco cidades que serviram como estudo de caso (Belo Horizonte, Minas Novas, Montes Claros, Ouro Preto e Uberaba).
Mesmo com os desafios experimentados, a pesquisa traz informações relevantes para o aprimoramento do projeto nos próximos anos. Um dos pontos de conclusão, por exemplo, está relacionado ao formato dos cursos. A maioria dos entrevistados afirma que a carga horária da formação – 40 horas, distribuídas ao longo de uma semana – acaba por prejudicar a mobilização nos municípios, análise que foi confirmada pelos integrantes do GR durante o debate sobre a sistematização. “Nem todas as pessoas podem parar suas atividades diárias para ficar uma semana se dedicando exclusivamente ao curso”, ressaltou Lindomar da Silva, presidente do CMDCA de Juiz de Fora e um dos representantes do GR.
Outro aspecto enfocado pela equipe da Civitas diz respeito ao nível de conhecimento prévio dos participantes sobre os temas abordados. “Para a maior parte do público, as questões abordadas sobre Orçamento Público e Legislativo era novidade. Já em relação ao conteúdo sobre Mídia, dois terços das pessoas afirmam ter sido fontes de informação em matérias jornalísticas e um terço relata nunca ter tido esse tipo de contato”, apresentou a consultora.
Palestras
Na manhã de terça-feira (28), os participantes do encontro tiveram oportunidade de debater a conjuntura política do estado e dos municípios e as perspectivas para incidência no Plano Plurianual dos governos municipais. Esse será um momento estratégico para os grupos formados pelo Novas Alianças e para a sociedade civil brasileira, de maneira geral, já que é a partir do PPA que os prefeitos recém-eleitos irão definir suas prioridades para os quatro anos seguintes.
Para contribuir com esse debate, o encontro contou com palestras da vereadora e coordenadora da Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Belo Horizonte, Neila Batista; da consultora técnica da Assembléia Legislativa de Minas, Maria Regina Magalhães; do deputado e coordenador da Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, André Quintão; e da técnica em educação fiscal da Receita Federal, Maria do Céu Costa.
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